quarta-feira, 31 de março de 2010

POESIAS SOBRE A PAZ

A paz e as diferentes linguagens

POEMAS

PAZ
A paz é como
Aquele suspiro,
Leve e inocente,
Que a gente
Dá durante o sono.

Tem a leveza
De uma folha
De outono.
E a delicadeza
De uma bolha de sabão.

É a gostosa
Sensação
De quem
Termina a lição.
Ou encontra
Um bichinho
Perdido.
Ou visita
Um amigo
Querido.

Paz é
Andar
Descalço,
Onde tudo
É verdadeiro
E nada é
falso.
Onde tem paz,
Não tem criança
Pedindo esmola
Na rua.
Não tem poluição
Escondendo
A lua.

Paz é
Futebol sem briga.
Pic-nic
Sem formiga.
Cidade
Sem ladrão.
Não ter medo
De injeção.
Vampiro
Sem dente.
O tristonho,
Contente.
Paz é
Colo de mãe
E abraço
De pai.

Outro dia,
Quietinho
num canto,
Olha só
O que eu
pensei:
A paz é
Tão boa,
Mas
Tão boa,
Que devia
Ser lei.

Lalau, O Estado de São Paulo, Estadinho



Afinal,
O que é a paz?
Paz não é apenas a ausência de guerra entre os países.

Paz é garantir que todas as pessoas tenham
moradia, comida, roupa, educação, saúde, amor
compreensão, ou seja, boa qualidade de vida.

Paz é cuidar do ambiente em que vivemos,
garantir a boa qualidade de água, o saneamento
básico, a despoluição do ar, o bom aproveitamento

da terra.

Paz é buscar a serenidade dentro da gente para
viver com alegria os bons momentos, ter força e
boas idéias para enfrentar os problemas e
resolver as dificuldades. Isso tudo sem precisar
fugir.

Acima de tudo, PAZ é criar um clima de harmonia
e bem-estar na família e na comunidade,
lembrando-se sempre de que onde há amor, há
paz; onde há paz, há Deus; onde há Deus, nada
falta!

Pastoral da Criança
A paz começa em casa



"A Paz e a Lua"
"Eu quero a Paz, a grande Paz
da Lua sozinha no céu.
A paz sem a menor lembrança,
a paz de quem nunca viveu.

A Paz que reina nos domínios
onde não há musgos nem germes.
E não há sulcos nos caminhos.
E há seiva debaixo da neve

A Paz sem devaneios, dentro
dos seus nítidod horizontes.
A Paz dos cristais no silêncio
sem nenhuma idéia de som.

A Paz que precedeu as sombras,
a que antes das tréguas nasceu.
A que nos tempos não se encontra,
a que foi desejo de Deus.

Eu quero a Paz com perfeição
de flor e orvalho, eu quero a Paz
ao alcance das nossas mãos,
com a substância e as cores do nácar.

Porém eu quero a Paz acima
de qualquer sopro humano- ou mácula.
Com delicadezas de vime
guardada de todo contato.

Assim como a Lua sem noite
e sem espaço, de tão leve,
miragem que se desvanece
em frente ao anjo anunciador.

A Lua sem anjo ou demônio,
alheia aos mares que descobre
no caminho da solidão
para lá da vida e da morte.
Eu quero a lua toda pura,
a lua sem vendas nos olhos.
Enquanto a Terra em febre estua,
a Lua completa- e não cora.

Eu quero a Paz, eu quero a Lua."
( Lisboa, Henrique. "Lírica")


"GUERRA e PAZ"
"Prólogo"
Vós outros tendes sorte.
A vergonha não cai sobre os mortos.
Julgais
que o mais puro dos líquidos lava
O pecado da alma que se evola.

Tendes sorte.
Mas eu
como levarei meu amor à vida
através das fileiras,
através do estrondo?
Apenas um passo falso
e a migalha do último e pequenino amor
rolará para sempre num torvelinho de fumo.

Aqueles que regressam
que lhes importa
vossas tristezas?
Que falta lhes faz
a franja de alguns versos?
Basta-lhes um par de muletas
com que renguear pelo resto da vida.
Tens medo?
Covarde!
Te matarão!

E tu,
tu poderias viver escravo
cinquenta anos mais.
Mentira!
Sei
que na lava do ataque
serei o primeiro
em audácia,
em valor.

Ah! Que bravo recusaria atender
ao toque de rebate do futuro?
Mas na terra
hoje
sou o único arauto das verdades em marcha!

Hoje estou exultante!
Sem desperdiçar nem uma gota, despejei minh'alma até o fim.
Minha voz,
a única humana,
entre lamentos e gemidos
ergue-se a luz do dia.

Depois
atai-me a um poste,
fuzilai-me!
Por causa disso
haverei de mudar?
Na fronte
desenharei um alvo
para que nítido se destaque
quando apontem."

( Maiakoviski. "Antologia")


"Hiroshima"
" O povo ainda tem na memória a explosão da bomba e seus inesquecíveis
e dolorosos efeitos. Há ainda nas fisionomias o pavor que se apoderou de todos
no fatídico 27 de agosto de 1945. No local onde se formou o cogumelo destruidor
há uma espécie de museu onde se lê a inscrição:
JAMAIS A HUMANIDADE DEVE SOFRER O QUE ATINGIU ESTA CIDADE. ( O Globo, 28/09/ 59)"

Ninguém se lembrou de plantar
uma rosa entre as estrelas...

Hiroshima ficou apenas
espantosamente delineada
na tatuagem que pedras
e
vulcões
imprimiram uma espécie de monstros nunca vistos!
Dança Hiroshima
a dança sem horas
a dança das cinzas.
Canta Hiroshima
sem pássaros, flores
sem mesmo um gemido
que tempo nem houve...
Nas mãos do poeta
sacode Hiroshima
silêncio em teus versos
silêncio que é rima.
Aspectos fugindo
fugiram no ar
protestos de estrelas
de auroras sem orvalhos
sumiram nas sombras
da música urdida
no útero aceso
do mais espantoso
cruel cogumelo.
Como uma noite de pesadelo
vi deslizando sem rebelião
uma manhã chamada Hiroshima.

Que Hiroshima ficou sendo um nome
Que Hiroshima ficou sendo uma memória
onde dizem
outrora havia
um viveiro decrianças
deolhos oblíquos como as amêndoas
um poeta maluco
de tanto sonhar
um pássaro dançarino
irmão do vento
uma flor desgranhada
feita de neve e
mel

A Paz de Hiroshima é póstuma
mas na sua direção
corre se abrindo uma estrela da manhã..."

( Fritz Teixeira de Sales. "Violão de Rua III")


Cadê a Paz?
Quem é que sujou?
Quem é que matou?
Quem é que acabou
com a paz de Deus criou?

Rafael Perroni- 6ª série B/ 2000

PAZ
Paz de um sublime viver,
Ter ausência da discordância,
Abundância de harmonia no ser,
Crer na tranquilidade da criança,

Sossego no âmago da alma,
Calma ao escutar e agir,
Ir de encontro a verdade alva,
Calma na decisão de corrigir,

Viver sem conflito, ter a confiança,
De uma criança sorrindo no dia-a -dia,
Via da concórdia em abundância,
Viver com tranquilidade e harmonia

Paz de um problema resolvido,
Paz de um encontro com Deus
Paz do pássaro no som de seu cântico,
Paz dos pais vivificando os filhos seus

Retrato feliz das chegadas,
Alegria imensurável da realização
Profundo amor e mãos dadas
Caminhando entre brisas com satisfação

Ó paz de minha alma,
olhos alegres de tanto ver,
o exemplo da natureza calma
que exala a cada instante o crescer

Ausência de conflito entre pessoas
extermínio de pertubação íntima,
Sossego, benefícios com notíciasboas,
Silêncio na hora certa do doce convívio.

Prazer do fim de uma viagem,
Satisfação nas realizações,
Encontro de olhares na libertinagem,
Mesmo na vadiagem dos corações.

Certeza do dever cumprido,
Consciente na honradez de seu espírito,
Momento preparado para Deus ser ouvido,
Caminho para a vida eterna do infinito.

Paz, imorredoura paz,
Paz do viver tranquilo,
Paz do amor,ó paz
Paz com Deus, muita paz.

J. Osnir Perossi, Momentos com poesias,1992- pesquisa realizada pela aluna Fernanda Pancini ,6ªA/2000



A Paz
Quando Jesus
morreu na cruz
para nos salvar,
Ele tinha a esperança
de que a Paz fosse reinar.

Mas tudo o que podemos afirmar,
é que a paz
a cada dia perde o seu lugar.

O causador disso é o próprio homem,
que não é capaz de pensar,
o quanto consegue se prejudicar ao praticar
suas imprudências
sem pensar nas conseqüências.

Mas nem tudo está perdido,
pois temos em nosso coração a semente da salvação
e a consciência de que a conquista da paz
está em nossas mãos.

Denise Moroto (6ª série /99)



EDUCAÇÃO INDÍGENA

Educação Indígena no Brasil
Aurélio W. Néspoli *

225 povos, 180 idiomas

A situação dos povos indígenas é pouco conhecida na sociedade brasileira. A idéia geral é de que falam a mesma língua, vivem da mesma forma e têm a mesma cultura. No entanto o panorama é outro. São 225 etnias que falam 180 idiomas, excetuando-se aquelas que somente falam o português porque perderam suas línguas de origem. Atualmente são cerca de 370 mil (estimativas apontam entre 2 e 4 milhões de pessoas na época do descobrimento) ocupando uma área correspondente a 13% do território nacional em 580 áreas definidas como terras indígenas.


Aldeia Krukutu – Parelheiros/São Paulo - Foto: Agnaldo Rocha

Os problemas enfrentados pelos povos indígenas são muitos: a maioria das terras ainda está em fase de demarcação ou homologação; as áreas indígenas invadidas por não-índios; dificuldade de acesso à saúde e à educação.

Entretanto, diversas etnias têm buscado, nos últimos tempos, a educação escolar como um instrumento em favor da redução das desigualdades, de afirmação de direitos e conquistas e de facilitar o diálogo Intercultural com os diferentes agentes sociais. Mas, que educação é essa?

Educação Indígena


Alunos guaranis – Escola Krukutu- Parelheiros/SP
Foto – Agnaldo Rocha

A educação indígena se caracteriza pelos processos tradicionais de aprendizagem e aquisição dos saberes peculiares de cada etnia, esse conhecimento é transmitido de forma oral no dia-a-dia, nos rituais e nos mitos. Museus e Associações Culturais Indígenas têm realizado um trabalho permanente de divulgação da arte e da cultura, contribuindo para preservar as tradições e as diversidades como veículos de afirmação de cada etnia.

Lideranças indígenas e pesquisadores fazem distinção entre educação indígena e educação escolar indígena. Essa última complementaria aqueles conhecimentos tradicionais por processos de ensino-aprendizagem que lhes garantissem acesso aos códigos escolares não-indígenas.

A Educação Escolar Indígena


Professores ticunas em aula - Foto do autor

A formação da consciência da cidadania, a capacidade de reformulação de estratégias de resistência, a promoção de suas culturas e a apropriação das estruturas da sociedade não-indígenas, pela aquisição de novos conhecimentos úteis para melhoria de suas condições de vida, estão em pauta nas propostas relativas à educação escolar indígena. Abandonam-se os pressupostos educacionais que, desde a colônia, tinham características integracionistas visando a homogeneização da sociedade brasileira pela aculturação e assimilação.

Atendendo às demandas e às experiências inovadoras desenvolvidas por organizações indígenas, a educação escolar indígena passa a ser reconhecida pela constituição de 1988 e pela legislação relativa à educação como comunitária, intercultural, bilíngüe, específica e diferenciada.

Professores Indígenas para as escolas indígenas

A educação diferenciada possibilita que o ensino trabalhado em cada escola preserve os universos sócio-culturais específicos de cada etnia. Daí ela ser bilíngüe, preferencialmente ministrada por professores indígenas em escolas indígenas nas aldeias e com programas curriculares definidos pelas próprias comunidades.


Professores indígenas ticunas. Foto do autor

Em 2005 o Censo Escolar Indígena indicava um enorme crescimento do número de professores indígenas atuando em suas comunidades em relação aos últimos vinte anos. No entanto, o Censo aponta que ainda faltam escolas nas aldeias, especialmente de ensino médio. Esse gargalo tem feito as organizações indígenas pressionarem os órgãos governamentais para que as políticas públicas indigenistas, previstas em dispositivos legais, se ampliem. Condições técnicas e financeiras como construção de escolas, recursos para produção de material didático apropriado e qualificação profissional são as principais reivindicações visando garantir o processo educacional em curso.

Para qualificação profissional existem os cursos de ensino médio que habilitam para o magistério indígena no ensino de 1ª a 4ª séries. Além deles, os cursos de ensino superior em Licenciaturas Indígenas têm formado docentes para atuarem no ensino fundamental (5ª a 8ª séries) e no ensino médio. Atualmente, professores de aproximadamente 90 etnias cursam a Licenciatura Específica para Indígenas em Universidades Federais e Estaduais das mais diferentes regiões do país. Por outro lado, algumas Universidades já vem reservando vagas aos indígenas em diversos cursos como medicina, enfermagem etc. A Universidade Federal de São Carlos criou uma vaga em cada um de seus cursos (37) para as etnias indígenas, com processo seletivo exclusivo, o que deverá ocorrer já em 2008.


EDUCAÇÃO DO CAMPO

Para pensar o campo brasileiro com sua diversidade é necessário retomar historicamente os fatos e compreender como ao longo dos anos a relação com o campo foi se instituindo. Com isso é necessário perceber qual educação está sendo oferecida no meio rural e qual a concepção de educação está presente nessa oferta.

De modo geral a educação sempre apresentou diversos problemas como: alta evasão escolar, baixa escolarização, alto índice de repetência, entre outros. Entretanto, esses problemas são muito mais graves no meio rural.

Diante disso, tem-se lançado mão de políticas compensatórias e programas emergenciais com o objetivo de aliviar essa diferença. O modelo implantado no campo foi tão excludente que marca até hoje a ação das elites brasileiras. Buscando dados mais recentes na história do Brasil, pode-se citar o regime militar e sua política agrária, que incentivou a concentração da propriedade da terra através de incentivos financeiros, beneficiando as grandes empresas de insumos e de produtos agrícolas. Essa política teve também como objetivo principal impedir a organização dos trabalhadores(as) do campo, e, dessa forma, qualquer resistência organizada a essa política concentradora e excludente.

Para essa elite do Brasil agrário, as mulheres, indígenas, negros(as) trabalhadores(as) rurais não precisavam de escolarização, afinal para desenvolver o trabalho agrícola não precisavam aprender a ler e escrever.

A partir de 2003, as discussões do campo são retomadas, inicia-se então uma grande mobilização para construir uma agenda específica para a educação do campo. Em 2004 o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD), criou a Coordenação-Geral de Educação do Campo (CGEC), com o objetivo de elaborar políticas públicas específicas aos povos do campo. Em 2007, o Ministério da Educação por meio da Portaria Nº 1.258/07 institui a Comissão Nacional de Educação do Campo, órgão colegiado de caráter consultivo com a atribuição de assessorar o MEC para a elaboração de políticas públicas em educação do campo.

HOMOFOBIA

Manifestações homofóbicas no Brasil

Segundo o professor Luiz Mott, do departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia, a homofobia é uma "epidemia nacional". Ele assevera que o Brasil esconde uma desconcertante realidade: "é o campeão mundial em assassinatos de homossexuais, sendo que a cada três dias um homossexual é barbaramente assassinado, vítima da homofobia".

Porém tal afirmação não implica necessariamente que as pessoas homossexuais sejam, efectivamente, um alvo preferencial quando comparados com outras orientações sexuais no Brasil. Os dados indicam que de 1980 a 2007, foram assassinadas 2.647 pessoas identificadas como homossexuais,[15] enquanto o total de assassinatos no país foi de 800.000 pessoas de 1980 a 2005.[16] Segundo estes dados temos uma média de 32000 assassinatos por ano para a população em geral, e de apenas 100 assassinatos por ano para pessoas homossexuais o que é muito abaixo das percentagens de pessoas homossexuais normalmente apresentadas relativamente à população em geral que variam entre 1% e 14%. Assassinatos contra homossexuais podem, ainda, ser perpetrados pelos própris integrantes desta categoria social.[17] Deve-se ter em conta, contudo, que nem todos os crimes motivados por homofobia são visibilizado, pois em alguns casos a orientação sexual da vítima é mantida em sigilo. Assassinatos motivados por discriminação contra esse segmento da sociedade são especialmente graves por conterem a variável da discriminação internalizada, sendo assim, crimes de caráter hediondo, assim como qualquer outro crime proveniente de conduta discriminatória. É preciso também ter em mente que nem todas as manifestações homofóbicas resultam em violência letal, podendo ocorrer agressão física, agressão verbal ou atitudes silenciosas de discriminação motivados pela orientação sexual.

Segundo o professor Luiz Mott, do departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia, a homofobia é uma "epidemia nacional". Ele assevera que o Brasil esconde uma desconcertante realidade: "é o campeão mundial em assassinatos de homossexuais, sendo que a cada três dias um homossexual é barbaramente assassinado, vítima da homofobia".

Porém tal afirmação não implica necessariamente que as pessoas homossexuais sejam, efectivamente, um alvo preferencial quando comparados com outras orientações sexuais no Brasil. Os dados indicam que de 1980 a 2007, foram assassinadas 2.647 pessoas identificadas como homossexuais,[15] enquanto o total de assassinatos no país foi de 800.000 pessoas de 1980 a 2005.[16] Segundo estes dados temos uma média de 32000 assassinatos por ano para a população em geral, e de apenas 100 assassinatos por ano para pessoas homossexuais o que é muito abaixo das percentagens de pessoas homossexuais normalmente apresentadas relativamente à população em geral que variam entre 1% e 14%. Assassinatos contra homossexuais podem, ainda, ser perpetrados pelos própris integrantes desta categoria social.[17] Deve-se ter em conta, contudo, que nem todos os crimes motivados por homofobia são visibilizado, pois em alguns casos a orientação sexual da vítima é mantida em sigilo. Assassinatos motivados por discriminação contra esse segmento da sociedade são especialmente graves por conterem a variável da discriminação internalizada, sendo assim, crimes de caráter hediondo, assim como qualquer outro crime proveniente de conduta discriminatória. É preciso também ter em mente que nem todas as manifestações homofóbicas resultam em violência letal, podendo ocorrer agressão física, agressão verbal ou atitudes silenciosas de discriminação motivados pela orientação sexual.

O mais recente caso homofóbico registrado no Brasil foi o da psicóloga Rozângela Alves Justino, que atende no Rio de Janeiro, punida pelo Conselho Federal de Psicologia por tentar "curar" pessoas homossexuais que procuravam seu consultório, em clara discordância à Organização Mundial da Saúde que não considera a homossexualidade uma doença há anos.[18]

Segundo Mott, no seu livro Causa Mortis: Homofobia, a homofobia é danosa mesmo quando não explicitamente manifestada, uma vez que as pessoas podem inrustir seu preconceito sem exteriorizar os motivos como acontece com o racismo. Numa eventual lei contra a homofobia, Mott explica que ela não seria coibida totalmente, criando uma tensão nos relacionamentos cotidianos, gerando discriminação sutil como acontece com os negros no Brasil. A proposta de lei, ainda segundo Mott, mesmo que aprovada teria o grande desafio de superar os valores da sociedade tradicional, e somente a conscientização na sociedade é capaz de transformar a realidade do homossexual no país.

O mais recente caso homofóbico registrado no Brasil foi o da psicóloga Rozângela Alves Justino, que atende no Rio de Janeiro, punida pelo Conselho Federal de Psicologia por tentar "curar" pessoas homossexuais que procuravam seu consultório, em clara discordância à Organização Mundial da Saúde que não considera a homossexualidade uma doença há anos.[18]

Segundo Mott, no seu livro Causa Mortis: Homofobia, a homofobia é danosa mesmo quando não explicitamente manifestada, uma vez que as pessoas podem inrustir seu preconceito sem exteriorizar os motivos como acontece com o racismo. Numa eventual lei contra a homofobia, Mott explica que ela não seria coibida totalmente, criando uma tensão nos relacionamentos cotidianos, gerando discriminação sutil como acontece com os negros no Brasil. A proposta de lei, ainda segundo Mott, mesmo que aprovada teria o grande desafio de superar os valores da sociedade tradicional, e somente a conscientização na sociedade é capaz de transformar a realidade do homossexual no país.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Oi Pessoal!! Encontrei esse artigo sobre os Direitos das Pessoas com Necessidades Especiais, é uma contribuição a mais para trabalharmos com justiça diante da diversidade em que vivemos!!




DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DAS PESSOAS DEFICIENTES
Resolução aprovada pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas em 09/12/75.
A Assembléia Geral consciente da promessa feita pelos Estados Membros na Carta das Nações Unidas no sentido de desenvolver ação conjunta e separada, em cooperação com a Organização,
para promover padrões mais altos de vida, pleno emprego e condições de desenvolvimento e progresso econômico e social, reafirmando, sua fé nos direitos humanos, nas liberdades fundamentais e nos princípios de paz, de dignidade e valor da pessoa humana e de justiça social proclamada na carta, recordando os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos, dos Acordos Internacionais dos Direitos Humanos, da Declaração dos Direitos da Criança e da Declaração dos Direitos das Pessoas Mentalmente Retardadas, bem como os padrões já estabelecidos para o progresso social nas constituições, convenções, recomendações e resoluções da Organização Internacional do Trabalho, da Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas, do Fundo da Criança das Nações Unidas e outras organizações afins.
Lembrando também a resolução 1921 (LVIII) de 6 de maio de 1975, do Conselho Econômico e Social, sobre prevenção da deficiência e reabilitação de pessoas deficientes, enfatizando que a Declaração sobre o Desenvolvimento e Progresso Social proclamou a necessidade de proteger os direitos e assegurar o bem-estar e reabilitação daqueles que estão em desvantagem física ou mental, tendo em vista a necessidade de prevenir deficiências físicas e mentais e de prestar assistência às pessoas deficientes para que elas possam desenvolver suas habilidades nos mais variados campos de atividades e para promover portanto quanto possível, sua integração na vida normal, consciente de que determinados países, em seus atual estágio de desenvolvimento, podem, desenvolver apenas limitados esforços para este fim. PROCLAMA esta Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes e apela à ação nacional e internacional para assegurar que ela seja utilizada como base comum de referência para a proteção destes direitos:
1 - O termo "pessoas deficientes" refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar por si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência, congênita ou não, em suas capacidades físicas ou mentais.
2 - As pessoas deficientes gozarão de todos os diretos estabelecidos a seguir nesta Declaração. Estes direitos serão garantidos a todas as pessoas deficientes sem nenhuma exceção e sem qualquer distinção ou discriminação com base em raça, cor, sexo, língua, religião, opiniões políticas ou outras, origem social ou nacional, estado de saúde, nascimento ou qualquer outra situação que diga respeito ao próprio deficiente ou a sua família.
3 - As pessoas deficientes têm o direito inerente de respeito por sua dignidade humana.
As pessoas deficientes, qualquer que seja a origem, natureza e gravidade de suas deficiências, têm os mesmos direitos fundamentais que seus concidadãos da mesma idade, o que implica, antes de tudo, o direito de desfrutar de uma vida decente, tão normal e plena quanto possível.
4 - As pessoas deficientes têm os mesmos direitos civis e políticos que outros seres humanos:o parágrafo 7 da Declaração dos Direitos das Pessoas Mentalmente Retardadas (*) aplica-se a qualquer possível limitação ou supressão destes direitos para as pessoas mentalmente deficientes.
5 - As pessoas deficientes têm direito a medidas que visem capacitá-las a tornarem-se tão autoconfiantes quanto possível.
6 - As pessoas deficientes têm direito a tratamento médico, psicológico e funcional, incluindo-se aí aparelhos protéticos e ortóticos, à reabilitação médica e social, educação, treinamento vocacional e reabilitação, assistência, aconselhamento, serviços de colocação e outros serviços que lhes possibilitem o máximo desenvolvimento de sua capacidade e habilidades e que acelerem o processo de sua integração social.
7 - As pessoas deficientes têm direito à segurança econômica e social e a um nível de
vida decente e, de acordo com suas capacidades, a obter e manter um emprego ou desenvolver atividades úteis, produtivas e remuneradas e a participar dos sindicatos.
8 - As pessoas deficientes têm direito de ter suas necessidade especiais levadas em
consideração em todos os estágios de planejamento econômico e social.
9 - As pessoas deficientes têm direito de viver com suas famílias ou com pais adotivos e
de participar de todas as atividades sociais, criativas e recreativas. Nenhuma pessoa deficiente será submetida, em sua residência, a tratamento diferencial, além daquele requerido por sua condição ou necessidade de recuperação. Se a permanência de uma pessoa deficiente em um estabelecimento especializado for indispensável, o ambiente e as condições de vida nesse lugar devem ser, tanto quanto possível, próximos da vida normal de pessoas de sua idade.
10 - As pessoas deficientes deverão ser protegidas contra toda exploração, todos os regulamentos e tratamentos de natureza discriminatória, abusiva ou degradante.
11 - As pessoas deficientes deverão poder valer-se de assistência legal qualificada quando tal assistência for indispensável para a proteção de suas pessoas e propriedades.
Se forem instituídas medidas judiciais contra elas, o procedimento legal aplicado deverá levar em consideração sua condição física e mental.
12 - As organizações de pessoas deficientes poderão ser consultadas com proveito em
todos os assuntos referentes aos direitos de pessoas deficientes.
13 - As pessoas deficientes, suas famílias e comunidades deverão ser plenamente informadas por todos os meios apropriados, sobre os direitos contidos nesta Declaração.
Resolução adotada pela Assembléia Geral da Nações Unidas 9 de dezembro de 1975
Comitê Social Humanitário e Cultural.
(*)O parágrafo 7 da Declaração dos Direitos das Pessoas Mentalmente Retardadas estabelece: "Sempre que pessoas mentalmente retardadas forem incapazes devido à gravidade de sua deficiência de exercer todos os seus direitos de um modo significativo ou que se torne necessário restringir ou denegar alguns ou todos estes direitos, o procedimento usado para tal restrição ou denegação de direitos deve conter salvaguardas legais adequadas contra qualquer forma de abuso. Este procedimento deve ser baseado em uma avaliação da capacidade social da pessoa mentalmente retardada, por parte deLembrando também a resolução 1921 (LVIII) de 6 de maio de 1975, do Conselho Econômico e Social, sobre prevenção da deficiência e reabilitação de pessoas deficientes, enfatizando que a Declaração sobre o Desenvolvimento e Progresso Social proclamou a necessidade de proteger os direitos e assegurar o bem-estar e reabilitação daqueles que estão em desvantagem física ou mental, tendo em vista a necessidade de prevenir deficiências físicas e mentais e de prestar assistência às pessoas deficientes para que elas possam desenvolver suas habilidades nos mais variados campos de atividades e para promover portanto quanto possível, sua integração na vida normal, consciente de que determinados países, em seus atual estágio de desenvolvimento, podem, desenvolver apenas limitados esforços para este fim. PROCLAMA esta Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes e apela à ação nacional e internacional para assegurar que ela seja utilizada como base comum de referência para a proteção destes direitos:
1 - O termo "pessoas deficientes" refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar por si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência, congênita ou não, em suas capacidades físicas ou mentais.
2 - As pessoas deficientes gozarão de todos os diretos estabelecidos a seguir nesta Declaração. Estes direitos serão garantidos a todas as pessoas deficientes sem nenhuma exceção e sem qualquer distinção ou discriminação com base em raça, cor, sexo, língua, religião, opiniões políticas ou outras, origem social ou nacional, estado de saúde, nascimento ou qualquer outra situação que diga respeito ao próprio deficiente ou a sua família.
3 - As pessoas deficientes têm o direito inerente de respeito por sua dignidade humana.
As pessoas deficientes, qualquer que seja a origem, natureza e gravidade de suas deficiências, têm os mesmos direitos fundamentais que seus concidadãos da mesma idade, o que implica, antes de tudo, o direito de desfrutar de uma vida decente, tão normal e plena quanto possível.
4 - As pessoas deficientes têm os mesmos direitos civis e políticos que outros seres humanos:o parágrafo 7 da Declaração dos Direitos das Pessoas Mentalmente Retardadas (*) aplica-se a qualquer possível limitação ou supressão destes direitos para as pessoas mentalmente deficientes. especialistas e deve ser submetido à revisão periódicas e ao direito de apelo a autoridades superiores".

quarta-feira, 17 de março de 2010

Educação Inclusiva

Diferença entre o ensino integrado e o ensino inclusivo

As expressões integrado e inclusivo são comumente utilizadas como se tivessem o mesmo significado. No entanto, em termos educacionais representam grandes diferenças a nível da filosofia a qual cada termo serve. O ensino integrado refere-se às crianças com deficiência aprenderem de forma eficaz quando freqüentam as escolas regulares, tendo como instrumento a qualidade do ensino. No ensino integrado, a criança é vista como sendo portadora do problema e necessitando ser adaptada aos demais estudantes. Por exemplo, se uma criança com dificuldades auditivas é integrada numa escola regular, ela pode usar um aparelho auditivo e geralmente espera-se que aprenda a falar de forma a poder pertencer ao grupo. Em contrapartida, não se espera que os professores e as outras crianças aprendam a língua de sinais. Em outras palavras, a integração pressupõe que a criança problemática se reabilite e possa ser integrada, ou não obterá sucesso. O ensino inclusivo toma por base a visão sociológica[3] de deficiência e diferença, reconhece assim que todas as crianças são diferentes, e que as escolas e sistemas de educação precisam ser transformados para atender às necessidades individuais de todos os educandos – com ou sem necessidade especial. A inclusão não significa tornar todos iguais, mas respeitar as diferenças. Isto exige a utilização de diferentes métodos para se responder às diferentes necessidades, capacidades e níveis de desenvolvimento individuais. O ensino integrado é algumas vezes visto como um passo em direção à inclusão, no entanto sua maior limitação é que se o sistema escolar se mantiver inalterado, apenas algumas crianças serão integradas.

Educação Inclusiva


Oi Pessoal! Como estamos trabalhando com educação inclusiva, achei bacana esse artigo que pesquisei. Leiam quando puderem!!

A Educação Inclusiva atenta a diversidade inerente à espécie humana, busca perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos. Prática pedagógica coletiva, multifacetada, dinâmica e flexível requer mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação humana dos professores e nas relações família-escola. Com força transformadora, a educação inclusiva aponta para uma sociedade inclusiva.

O ensino inclusivo não deve ser confundido com educação especial, a qual se apresenta numa grande variedade de formas incluindo escolas especiais, unidades pequenas e a integração das crianças com apoio especializado. O ensino especial é desde sua origem um sistema separado de educação das crianças com deficiência, fora do ensino regular, baseado na crença de que as necessidades das crianças com deficiência não podem ser supridas nas escolas regulares. Existe ensino especial em todo o mundo seja em escolas de frequência diária, internatos ou pequenas unidades ligadas à escola de ensino regular.

Abraços!

Maria Luiza

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

TRABALHO INFANTIL

Exploração do Trabalho Infantil

Trabalho infantil gera lucro pra quem explora, pobreza pra quem é explorado, faz parte da cultura econômica brasileira e está diretamente ligado ao trabalho escravo. A quem incomoda a luta contra o trabalho infantil? Incomoda aos que se incomodam com a luta contra o trabalho escravo. Incomoda aos que se incomodam com a luta contra o trabalho degradante. O combate ao trabalho infantil incomoda a quem lucra com o trabalho infantil, a quem lucra com o trabalho escravo e a quem lucra com o trabalho degradante.

A quem incomoda a dignidade humana; a quem incomoda a beleza, a resistência, a sensualidade, a honestidade, a capacidade de organização do pobre; a quem incomoda a imagem bonita dos menos favorecidos? A quem incomoda a denúncia das injustiças da pobreza? Incomoda aos ricos e incomoda a uma parcela da classe média. Pra existir um rico quantos pobres tem que existir? Me perguntou um dia um carvoeiro, cansado de trabalhar, desde criança.

Ataliba dos Santos estava cansado de não assinar a carteira, não estudar, cansado de nãos... E cansado de não ter respostas. Enquanto fotografava pensava a quem interessa o desequilíbrio social? No Brasil, o trabalho infantil não é conseqüência da pobreza, mas sim instrumento financiador dela. Empregar crianças significa lucro fácil. A exploração infantil gera o desemprego dos pais, trabalho escravo, crianças doentes, subnutridas, morando em precárias condições, prejudicadas na sua capacidade intelectual e no seu direito à educação, lesadas no seu direito ao lazer, ao carinho, à alegria; sem infância.

“A gente custa muito pra entender que nasceu pra ser peixe de engordar gato que engorda rico e, em casa, a gente fabrica com todo amor os próximos peixinhos. Pra fugir disso, botei todo mundo pra estudar, mas sinto um aperto no peito porque sei que o ensino é muito ruim. Filho de pobre, mesmo depois de estudar um, dois, quatro anos, continua analfabeto. “As palavras de José dos Santos, carvoeiro na região do serrado, em minas Gerais expressão a luta para mudar uma realidade.

José dos Santos está tentando romper uma corrente perversa que alimenta uma cadeia de trabalho degradante nas carvoarias brasileiras, assim como nos sisais, nas fazendas, nos canaviais, nas pedreiras e em vários setores do segmento rural que alimentam indústrias urbanas. O trabalhador que vive em trabalho degradante ou análogo a escravo, é, na sua imensa maioria, analfabeto, e foi explorado como trabalhador infantil. Aconteceu assim com seus pais e seus avós. O caminho normal é acontecer com os filhos e netos.

Infelizmente, ainda não existe no Brasil uma política social que faça a associação entre trabalho infantil e trabalho degradante, análogo a escravo ou escravo, de forma a romper esse círculo. A realidade é que o trabalhador escravo de hoje foi o trabalhador infantil de ontem. A realidade do trabalho nas carvoarias brasileiras merece uma análise diferenciada. Muitas vezes o trabalho não é considerado trabalho escravo, outras vezes sim.

Porém, sempre é um trabalho extremamente pesado e quase sempre, mesmo em casos de carteira assinada, um trabalho degradante. Acaba com a saúde do trabalhador. Muitas vezes, olhar uma carvoaria em pleno vapor é, do ponto de vista humanitário, algo inaceitável.


AS CRENÇAS AFRO-BRASILEIRAS

As crenças Afro-Brasileiras 01 - Os cultos afro-brasileiros constituem um sistema de crenças originado da cultura africana, a qual adentrou o Brasil a partir do século XVI, com a chegada dos primeiros escravos. A maioria dos negros foi trazida da costa Oeste da África, onde predominavam dois grandes grupos: os Sudaneses e os Bantos. Os Sudaneses são procedentes da região do Golfo da Guiné, onde se localizam hoje a Nigéria e o Benin. Pertenciam às nações Haussais, Jeje, Keto e Nagô, e foram os principais precursores do Candomblé. Os Bantos são compostos pelas nações de Angola, Benguela, Cabinda e Congo. Dessas nações, a cultura brasileira herdou, entre outros elementos, a capoeira e a congada. Os cultos religiosos que esses povos trouxeram sincretizaram-se com o Catolicismo, originando as chamadas crenças afro-brasileiras.
1 - O CANDOMBLÉ
Esta crença foi estabelecida primeiramente na Bahia, pelos negros ioruba. Pode-se dizer que o Candomblé é uma religião que cultua os orixás, deuses relacionados com as forças da Natureza. Sua liturgia é realizada no interior dos terreiros, também conhecidos como roças. O Candomblé ganhou força e difundiu-se, a partir da Bahia, para muitos outros estados brasileiros, principalmente o Rio de Janeiro. Em Pernambuco, o Candomblé é chamado de Xangô, nome de um dos orixás mais cultuados na tradição afro-brasileira.
Os orixás:
Relacionamos alguns dos orixás que fazem parte da base dessa crença afro-brasileira:
>Euá - Filha de Oxalá e Iemanjá, segundo a crença. É uma deusa pura, que tem o poder de se tornar invisível e de penetrar nos mistérios de Ifá (o deus da adivinhação). Seus domínios são as ilhas e penínsulas, o céu estrelado, a chuva e a faixa branca do arco-íris. No sincretismo religioso, está associada a Nossa Senhora das Neves.
>Exu - Filho primogênito de Oxalá e Iemanjá, Exu é aquele que abre os caminhos. Por isso, é sempre o primeiro orixá a ser invocado nas aberturas dos trabalhos, nas oferendas e na leitura do oráculo de búzios. Simboliza a energia dinâmica, o impulso sexual, o fluido vital. Também está associado à comunicação, por ser o intermediador entre os homens e os orixás.
>ansIã - Filha de Oxalá e Iemanjá, essa deusa possui os atributos da sensualidade, do dinamismo e da coragem. É uma deusa guerreira, representada sempre como uma mulher forte, que traz consigo uma espada e um iruexim, uma espécie de chicote. É considerada, também, senhora dos eguns, os espíritos dos mortos. Seus domínios são os ventos, as tempestades, os raios e o fogo. No sincretismo religioso, está associada à Santa Bárbara.
>Ibejis - Representam os orixás crianças, filhos gêmeos de Iemanjá e Oxalá. Simbolizam a dualidade: o quente e o frio, a luz e a escuridão, o masculino e o feminino, o divino e o humano, o início e o fim. No sincretismo religioso, estão associados a São Cosme e São Damião.
>Iemanjá - Representa a esposa de Oxalá e mãe da maioria dos orixás. Apresenta diferentes manifestações, nas quais recebe os nomes de Inaê, Janaína e Oloxum. Seus atributos são a feminilidade, a generosidade, a abundância e a maternidade. No sincretismo religioso, está associada à Virgem Maria, sob a denominação de Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora dos Navegantes.
>Ifá- Deus da adivinhação e considerado o senhor do destino, Ifá é quem preside o jogo de búzios. Seu principal atributo é o conhecimento a respeito do destino de cada ser humano e divindade.
>Logum - Filho de Oxossi e Oxum, representa a beleza, a elegância, e a sedução. Durante seis meses do ano, ele assume a forma masculina e caminha pelas matas, domínios de seu pai caçador. Nos outros seis meses, assume forma feminina e parte para as águas doces, de domínios de sua mãe. É sempre representado como um adolescente, e também é chamado de Logunedê ou Logun-Edé. No sincretismo religioso, está associado a São Miguel Arcanjo e a Santo Expedito.
>Nanã - Também chamada de Nanã Burukê, esta é uma orixá muito antiga, que em diversos mitos aparece como co-criadora do mundo (no mesmo patamar de Oxalá e de Olorum). É uma das esposas de Oxalá (ao lado de Iemanjá) e em muitos cultos afro-brasileiros recebe o carinhoso tratamento de Vovó. Tem como atributos a fecundidade, a riqueza e o ciclo de morte e renascimento. Seu domínio é a lama, mistura de terra e água que simboliza a origem da vida. No sincretismo religioso, está associada a Santa Ana, mãe de Maria.

Refletindo sobre avaliação na EAD

Registro nº 4 - 03/08/2009 - Analisando sobre avaliação no EaD

O tema avaliação sempre foi muito instigante para mim. Há 20 anos estou em sala de aula, desde que comecei minha carreira de docente, sempre vi a avaliação de uma maneira muito diferente de muitas colegas que trabalhavam comigo. Muitas vezes eu nem entrava na discussão sobre esse assunto (pois eu era minoria), por medo de duvidarem da minha competência profissional. Naquela época e também hoje (para uma grande maioria), esse instrumento só tinha ou tem uma função: saber se o aluno aprendeu os conteúdos!E naquele tempo, eu já acreditava que naquele momento de avaliação o aluno também poderia aprender, que aquela prova poderia ter muitos significados para ele(aluno)quanto prara mim enquanto professora. Aquele momento de prova poderia ao meu ver,ser feito em grupo, individual, de pesquisa, de consulta a professora quando o aluno tivesse dúvidas...enfim, era mais um momento que eu poderia ensinar. Nunca duvidei da importância de uma avaliação, pois é um dos intrumentos onde podemos analisar vários aspectos do ensino-aprendizagem, mas sempre acreditei que podemos analisar um aluno também através de outras abordagens, como por exemplo, seu desempenho em sala de aula durante as atividades propostas, as atividades extra-classe, o interesse e a participação seja ela em grupo ou individual, enfim, a valiação precisa ser contínua e não uma ou duas vezes por bimestre; a avaliação precisa ser formativa, construtiva e não apenas somativa, onde o aluno poderá ser "crucificado", se por ventura não tiver tirado nota. Depois de muitos anos, a educação teve um grande avanço sobre essa questão (avaliação),onde muitos aspectos sobre tal assunto está sendo melhor analisado, repensado e acima de tudo, levando não só o professor e o aluno a mudanças de paradigmas preconceituosos, mas toda a sociedade. E agora mais do que nunca, percebo que a concepção que eu tinha sobre avaliação,numa época que era vista como "punitiva", vem hoje ao encontro das minhas idéias e ideais sobre uma educação diferente, construtiva, colaborativa, global... Acredito que a revolução da educação no tocante ao EaD, veio corroborar nessa questão tão discutida, mostrando a todos que é possivel avaliar a todo momento,em qualquer situação, e não somente em sala de aula com uma avaliação presencial. Nós seres humanos somos muito maior que uma folha de papel, nós somos seres inteligentes, que só precisam para para pensar, refletir, ter suas próprias opiniões. É isso que é para mim uma educação do futuro, são pessoas conectadas com o outro, é perceber o contexto a sua volta... penso que quando a maioria perceber isso, muitos dos problemas que vivemos hoje estarão resolvidos.

Beijos Maria Luiza

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Carta para Barack Obama

Barack Obama

Caros amigos, li para os meus alunos esse livro:PARA QUE A PAZ ACONTEÇA - QUEM PLANTA AMOR COLHE PAZ!
Textos produzidos pelos alunos da E.M. Dr. Wilson Romano Calil
São José do Rio Preto- São Paulo- Brasil
Editora: Brasilgraf
Coleção: Escola-Escreve-2008

Vale a pena adquirir, são muitos textos e poesias construídos pelos alunos com orientação dos professores desta escola.
Agora, essa carta vale a pena ler, pois é com crianças assim, que já tem essa visão crítica, que temos esperança de ter um mundo melhor. Precisamos batalhar para que mais crianças pensem, analisem, critiquem nossa forma de viver e agir.

CARTA AO PRESIDENTE ELEITO DOS ESTADOS UNIDOS.
São José do Rio Preto, 19 de novembro de 2008.

Excelentíssimo Senhor Presidente Barack Obama.
Quero pedir que não provoque mais nenhuma guerra, porque os Estados Unidos já participaram de duas guerras mundiais, além de outras, mostrando que tem muito poder de fogo. Mas pense, que com o dinheiro de submarinos, aviões e etc...poderia construir muitas salas de aulas, para fazer com que milhares de crianças tenham um futuro melhor, e quem sabe, se tornar um dia presidente (a) dos Estados Unidos. E tem mais: poderiam ser construídos muitos hospitais com quartos e equipamentos, pense em quantas vidas viria ao mundo e quantas seriam salvas.
Como presidente dos Estadosa Unidos é seu dever pensar nisso.
Eu escrevo essa carta para o Senhor Presidente, e espero que ouça meus conselhos.
Ass: Felipe

Aluno: Felipe F. Rocha- 4ª série C
Professora: Marcia

O cavalo Cego

Os dois cavalos

Em uma certa fazenda havia um pasto, onde viviam dois cavalos.... lá.

De longe, parecem cavalos como os outros cavalos, mas, quando se olha bem, percebe-se que um deles é cego.
Contudo, o dono não se desfez dele e arrumou-lhe um amigo - um cavalo mais jovem.

Isso já é de se admirar.

Se você ficar observando, você verá que há um pequeno sino no pescoço do cavalo menor.
Assim, o cavalo cego sabe onde está seu companheiro e vai até ele.

Ambos passam os dias comendo e no final do dia o cavalo cego segue o companheiro até o estábulo. E você percebe que o cavalo com o sino está sempre olhando se o outro o acompanha e, às vezes, pára para que o outro possa alcançá-lo. E o cavalo cego guia-se pelo som do sino, confiante que o outro o está levando para o caminho certo.

Como o dono desses dois cavalos, Deus não se desfaz de nós só porque não somos perfeitos, ou porque temos problemas ou desafios. Ele cuida de nós e faz com que outras pessoas venham em nosso auxílio quando precisamos. ..

Algumas vezes somos o cavalo cego guiado pelo som do sino daqueles que Deus coloca em nossas vidas.

Outras vezes, somos o cavalo que guia, ajudando outros a encontrar seu caminho.

E assim são os bons amigos.
Você não precisa vê-los, mas eles estão lá.

Josué Guimarães


Educação a Distância

O que é educação a distância (*)


José Manuel Moran
Especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância
jmmoran@usp.br


Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente.

É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.

Na expressão "ensino a distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada.

Hoje temos a educação presencial, semi-presencial (parte presencial/parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semi-presencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação.

Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações.

A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino regular. No ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É mais adequado para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no de graduação.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Educação Sexista

Leia, a seguir, os paradoxos (opiniões contrárias) sobre o homem e a mulher. Homem não chora. Mulher é sentimento. Homem produz e tem. Mulher é improdutiva e recebe. Homem é livre. Mulher é dependente. Homem é provedor. Mulher é provida. Homem é cérebro, razão. A mulher é coração, emoção. Homem é gênio. Mulher é anjo. Homem é glória. Mulher é virtude. Homem é força. Mulher é lágrima. Homem é herói. Mulher é mártir. Homem é nobre. Mulher é sublime. Homem corrige. Mulher aperfeiçoa. Homem pensa. Mulher sonha. Homem é oceano. Mulher é lago. Homem é águia e voa. Mulher é rouxinol e canta. Homem domina o espaço. Mulher conquista a alma. Homem tem consciência. Mulher tem esperança.
Seguramente você nota que o poema “O homem e a mulher”, de Vitor Hugo, está quase todo aí, acrescentado de algum outro paralelo. Percebe que tudo o que aí é associado à masculinidade expressa poder, saber e força. E que tudo o que se refere à mulher caracteriza-se pela impotência, submissão e inferioridade. Aparentemente, contrastes sexistas nesses moldes igualam homem e mulher, mas, vistos com criticidade, eles perpetram o desrespeito às diferenças, cravam a desigualdade entre os sexos e imprimem a injustiça nas relações entre homem e mulher.
Discrepâncias nas idéias; injustiças na vida real. A sociedade cria, legitima e mantém papéis sociais identificados com os sexos e os veste feitos camisas-de-força nas crianças desde muito cedo. As crianças não são acolhidas pelo que elas são, mas pelo que a sociedade adulta quer que elas sejam. Daí o aprendizado sexista, desde cedo. Menino anda com o pai, joga com o professor e associa-se a grupos de meninos. Menina vive com a mãe, brinca com a professora e convive com meninas. Menino é conquistador. Menina é chorona. Menino pega peso. Menina lava prato. Menino tem carrinho. Menina ganha boneca. Bota é para menino. Menina usa sandália. Brinco e cabelo comprido são para ela. Eles usam cabelo curto e usam armas para brincar. Aí está: chegamos à raiz da violência, monopólio do homem, que vitimiza a ambos.
Na escola a visão sexista de mundo se materializa na fila das meninas, nas salas ou carteiras reservadas para elas e nas listas de chamadas não elaboradas em ordem alfabética; nos materiais didáticos de cunho sexista e na postura dos profissionais da educação que são exemplo da divisão sexual entre as pessoas, dos preconceitos a eles correlatos, os quais são até socialmente incentivados. E o menino, que ouviu da própria mãe a frase que diz que homem não chora, é forte, e a menina, que escutou dos pais a idéia de que menina é recatada e deve ser sensível, vivenciam o prolongamento nos espaços escolares do aprendizado de que o mundo é machocêntrico, e, por extensão, branco e proprietarista. No fundo, todos esses paradoxos, capitaneados pelo viés sexista, mostram que, do ponto de vista econômico, político e cultural, a sociedade está muito bem compartimentada, com uma forminha de tijolo para cada pessoa humana, candidata natural a ser mais um tijolinho pacificado nos muros e paredes consagrados pelo grande corpo social.
Uma educação não-sexista se propõe a ir contra tudo isso. Ela almeja, entre outras coisas, sair do campo teórico e descer à prática cotidiana, empreendendo ações que primem pela igualdade concreta entre os sexos. Orienta-se pelo que dispõe a Resolução 34/180 da Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU), de 18 de dezembro de 1979, a qual pugna pela igualdade entre homem e mulher e a favor das “mesmas condições de orientação profissional, de acesso aos estudos e de obtenção de diplomas nos estabelecimentos de ensino de todas as categorias, tanto nas zonas rurais como nas urbanas”, afirma que “essa igualdade deverá ser assegurada na educação pré-escolar, geral, técnica e profissional, assim como em qualquer outra forma de capacitação profissional”; defende o “acesso aos mesmos programas, aos mesmos exames, a um pessoal docente com a mesma qualificação, instalações e material escolar da mesma qualidade” para todas as pessoas; propõe a “eliminação de qualquer concepção estereotipada dos papéis masculino e feminino em todos os níveis e em todas as formas de ensino mediante o encorajamento à educação mista e a outros tipos de educação que contribuam para alcançar este objetivo e, em particular, mediante a revisão dos livros e programas escolares e adaptação dos métodos pedagógicos”; diz ser correta a prestação das “mesmas oportunidades no que se refere à concessão de bolsas e outras subvenções para estudos”, além de assegurar ser justa a garantia das “mesmas oportunidades de acesso aos programas de educação supletiva, incluindo os programas de alfabetização para adultos e de alfabetização funcional, com vistas principalmente a reduzir, o mais cedo possível, qualquer desnível de conhecimentos existente entre homens e mulheres.”
Se programas de educação não-sexista forem implementados segundo essas orientações, já estaremos fazendo muito para que as diferenças entre homem e mulher não se transformem em desigualdades e em injustiças. Estaremos, ainda, combatendo a violência doméstica, de mulheres contra homens e de homens contra mulheres; estaremos prevenindo contra a violência social, de todos contra todos, pois o homem aprenderá a desenvolver maneiras mais sensíveis de ver o mundo e a mulher potencializará formas mais ativas de se inserir na vida. Eles se educarão para ser companheiros, não inimigos potenciais e reais na vida concreta do seu dia-a-dia. É para essa direção que a psicóloga Malvina Muszkat aponta: “Queremos que as mulheres se fortaleçam, saiam da posição de vitimização. E que os homens expressem suas fragilidades. Em geral, os homens não falam de seus sentimentos. Muitos consideram essa fala como sinal de falta de masculinidade. Trabalhamos com os homens, estimulando que eles reflitam acerca de suas fraquezas e seus impulsos.”
A esperança é a de que, se chegarmos a esse ponto, homens e mulheres vejam o quão importante é lutar contra os custos da masculinidade, acarretados pelo monopólio masculino da força, do poder e da razão, ao passo que a mulher possa se dar conta dos prejuízos advindos com a aceitação de uma feminilidade lastreada na inferioridade, na vitimização e na dependência. Porém, isso não acontecerá da noite para o dia. A luta contra os paradoxos sexistas é árdua e exige dedicação diuturna e continuada. É por esse motivo que programas de educação não-sexista têm de ser pensados e levados a cabo, pois eles são potencialmente formadores de todos nós para a igualdade concreta entre as pessoas humanas, essa que pode nos trazer mais qualidade de vida, mais felicidade e realização.
Por Wilson CorreiaMestre em EducaçãoColunista Brasil Escola
Educação - Brasil Escola

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Minhas reflexões

Todo homem sábio é sereno.A serenidade é conquista que se consegue a esforço pessoal e passo a passo.Pequenos desafios que são superados; irritação que se faz controlada; desafios emocionais corrigidos; vontade bem direcionada; ambição freada, são experiências para a aquisição da serenidade.Um Espírito sereno, já se encontrou consigo próprio, sabendo o que, exatamente , deseja da vida.A serenidade harmoniza, exteriorizando-se de forma agradável para os circunstantes. Inspira confiança, acalma e propõe afeição.O homem sereno já venceu grande parte da luta.Que nenhuma agressão exterior te perturbe, levando-te à irritação, ao desequilíbrio.Mantém-te sereno em todas as realizações.A tua paz é moeda arduamente conquistada, que não deves atirar fora por motivos irrelevantes.Os tesouros reais, de alto valor, são aqueles de ordem íntima, que ninguém toma, jamais se perdem e sempre seguem com a pessoa.Tua serenidade , tua gema preciosa.Diante de quem te enganou, traindo a tua confiança, o teu ideal, ou envolvendo-te em malquerença, mantém-te sereno.O enganador é quem deve estar inquieto, e não a sua vítima.Nunca te permitas demonstrar que foste atingido pelo petardo da maldade alheia. No teu círculo familiar ou social sempre defrontarás com pessoas perturbadoras, confusas e agressivas.Não te desgastes com elas, competindo nas faixas de desequilíbrio em que se fixam.Constituem teste à tua paciência e serenidade. Assim exercita-te com essas situações para, mais seguro , enfrentares os grandes testemunhos e provações do`processo evolutivo, Sempre porém com serenidade.Abraços

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Poesia felicidade Fernando Pessoa

Encontrados 277 frases e pensamentos: poesia felicidade Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

Fernando Pessoa

AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.

Fernando Pessoa

Quero para mim o espírito desta frase,
transformada a forma para a casar com o que eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.

Fernando Pessoa

Quero ignorado, e calmo
Por ignorado, e próprio
Por calmo, encher meus dias
De não querer mais deles.
Aos que a riqueza toca
O ouro irrita a pele.
Aos que a fama bafeja
Embacia-se a vida.
Aos que a felicidade
É sol, virá a noite.
Mas ao que nada espera
Tudo que vem é grato.

Fernando Pessoa

É Talvez o Último Dia da Minha Vida

É talvez o último dia da minha vida.
Saudei o sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada.

Alberto Caeiro ( Fernando Pessoa)

Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!

Fernando Pessoa

Poema do amigo aprendiz
Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...

Fernando Pessoa

Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa

Enquanto não superarmos
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.

Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser um.

Fernando Pessoa

...
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência, não pensar...

Fernando Pessoa

Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.

Fernando Pessoa

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ...
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos
mesmos lugares ...

É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos...

Fernando Pessoa

"É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."

Fernando Pessoa

Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas
uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada (?),
por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."

Fernando Pessoa

Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.

Fernando Pessoa

Deus costuma usar a solidão
Para nos ensinar sobre a convivência.
Às vezes, usa a raiva para que possamos
Compreender o infinito valor da paz.
Outras vezes usa o tédio, quando quer
nos mostrar a importância da aventura e do abandono.
Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar
sobre a responsabilidade do que dizemos.
Às vezes usa o cansaço, para que possamos
Compreender o valor do despertar.
Outras vezes usa a doença, quando quer
Nos mostrar a importância da saúde.
Deus costuma usar o fogo,
para nos ensinar a andar sobre a água.
Às vezes, usa a terra, para que possamos
Compreender o valor do ar.
Outras vezes usa a morte, quando quer
Nos mostrar a importância da vida.

Fernando Pessoa

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Fernando Pessoa

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...

Fernando Pessoa

Posso ter defeitos, viver ansioso
e ficar irritado algumas vezes mas
não esqueço de que minha vida é a
maior empresa do mundo, e posso
evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale
a pena viver apesar de todos os
desafios, incompreensões e períodos
de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar um autor
da própria história. É atravessar
desertos fora de si, mas ser capaz de
encontrar um oásis no recôndito da
sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã
pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios
sentimentos.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um "não".

É ter segurança para receber uma
crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir
um castelo…

Fernando Pessoa

Dever de Sonhar

Eu tenho uma espécie de dever, dever de sonhar, de sonhar sempre,
pois sendo mais do que um espetáculo de mim mesmo,
eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E, assim, me construo a ouro e sedas, em salas
supostas, invento palco, cenário para viver o meu sonho
entre luzes brandas e músicas invisíveis.

Fernando Pessoa